O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admitiu pela primeira vez a possibilidade de realizar um referendo nacional sobre questões territoriais como parte de um eventual acordo para pôr fim à guerra com a Rússia. A declaração, feita esta quinta-feira e amplamente repercutida pela imprensa internacional, marca uma mudança significativa na posição pública do líder ucraniano desde o início da invasão russa, em 2022.
Zelensky afirmou que qualquer decisão que envolva concessões de território deve ser tomada pelo próprio povo ucraniano, seja por via de eleições ou de um referendo. “Acredito que o povo da Ucrânia responderá a essa pergunta. Seja por meio de eleições ou de um referendo, deve ser uma decisão do povo da Ucrânia”, declarou.
Segundo fontes citadas pela AFP, os Estados Unidos apresentaram a Kyiv uma proposta que inclui a criação de uma “zona económica livre” no Donbass, sugerindo que a Ucrânia se retire gradualmente dessa região. O plano norte-americano também contempla possíveis alterações nas linhas de controlo em áreas das províncias de Kharkiv, Sumy e Dnipro.
A Ucrânia já enviou a Washington uma nova versão do seu plano para encerrar o conflito, que, segundo autoridades ucranianas, reflete melhor a posição do país e apresenta uma abordagem mais abrangente para resolver os pontos de disputa. A proposta inicial dos EUA foi criticada por ser vista como demasiado favorável à Rússia, ao prever cedências territoriais que Kyiv e parceiros europeus consideraram inaceitáveis.
As negociações continuam, enquanto a Ucrânia insiste que qualquer acordo final só será legítimo se tiver o respaldo dos cidadãos.

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