Segundo fontes internas da AT, que falaram sob condição de anonimato, Cavele terá partilhado, por lapso, dados sensíveis do concurso num grupo interno de WhatsApp da instituição, quando a informação se destinaria, na verdade, a indivíduos considerados seus comparsas, directa ou indirectamente ligados às empresas envolvidas no processo de adjudicação.
As mesmas fontes acreditam que António Cavele e outros quadros seniores da Autoridade Tributária terão como objectivo amealhar “chorudas comissões” junto das empresas previamente seleccionadas para vencerem o concurso, num alegado esquema que compromete a transparência e a legalidade do procedimento.
“Nesta fase do concurso, as empresas vencedoras ainda não foram oficialmente comunicadas do sorteio. No entanto, a informação sobre quem irá ganhar já circula nos grupos de WhatsApp da AT, o que configura uma grave violação da ética deontológica do funcionário público”, denunciam os queixosos.
O caso levanta sérias dúvidas sobre a integridade do concurso público e reacende o debate em torno da governação, da transparência e da corrupção nas instituições do Estado, sobretudo em processos de aquisição envolvendo elevados montantes financeiros. Até ao momento, a Autoridade Tributária de Moçambique não se pronunciou publicamente sobre as acusações.

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