Segundo informações recolhidas pelo Integrity Magazine News, todas as vítimas eram homens. Testemunhas relataram que um dos residentes perdeu a vida de forma particularmente brutal, enquanto os outros três foram mortos por disparos. Moradores afirmam que os atacantes terão agido motivados por intolerância religiosa, alegadamente porque as vítimas se identificaram como cristãs.
Após o ataque, os corpos foram encontrados por populares em diferentes pontos da aldeia. Um vídeo gravado por residentes — mais tarde divulgado nas redes sociais — mostra os moradores a tentar reconhecer as vítimas, num cenário marcado pela tensão e pelo medo que se instalou na comunidade. Por segurança, muitos habitantes têm abandonado as suas casas para procurar abrigo em locais considerados mais protegidos.
Fontes locais indicam que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) se encontram destacadas no terreno, mas o combate ao grupo tem sido dificultado pela mobilidade rápida dos insurgentes, associados ao Estado Islâmico, que actuam em pequenos grupos e dispersam-se logo após cada investida. Moradores descrevem a situação como “imprevisível”, referindo que os ataques ocorrem sem aviso e em zonas bastante isoladas.
A instabilidade é tão significativa que, segundo relatos da população, o próprio administrador do distrito de Memba deixou temporariamente a região, dirigindo-se para uma área considerada mais segura. A ausência de autoridades locais tem aumentado a sensação de desamparo entre os residentes, que apelam por reforço militar e apoio humanitário.
Este episódio soma-se a vários outros ataques registados nos últimos meses na fronteira entre Nampula e Cabo Delgado, sugerindo que a insurgência continua a estender o seu raio de acção, desafiando os esforços das autoridades para conter o avanço dos grupos extremistas.

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