Reabilitação da EN1 avança: troço Gorongosa–Caia recebe investimento do Banco Mundial

 

O Governo moçambicano lançou esta sexta-feira a primeira pedra para a reabilitação de 84 quilómetros da Estrada Nacional Número Um (EN1), no troço Gorongosa–Caia, na província de Sofala. A obra integra um projecto maior de 1053 quilómetros, financiado pelo Banco Mundial em 800 milhões de dólares.

A intervenção marca o início de uma das mais ambiciosas obras de infra-estruturas rodoviárias do país nos últimos anos, vista como crucial para a melhoria da mobilidade e dinamização económica ao longo do principal corredor rodoviário nacional.

Reabilitação da EN1 será feita em três fases

O Ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, explicou durante o acto de lançamento que os 508 quilómetros incluídos na primeira fase abrangem:

  • Gorongosa–Caia (84 km)

  • Chimuara–Nicoadala (166 km)

  • Metoro–Pemba (94 km)

  • Inchope–Gorongosa (74 km)

A segunda fase inclui os troços:

  • Rio Lúrio–Metoro

  • Gorongosa–Caia

  • Rio Save–Muxúngue

  • Muxúngue–Inchope

A terceira fase abrangerá:

  • Muxúngue–Inchope

  • Pambara–Rio Save

Segundo Matlombe, este lançamento marca “um passo decisivo” para a transformação da EN1:

“É apenas o início, mas é um início firme, planeado e comprometido com o futuro.”

Impactos esperados na economia e na vida das populações

O Governo acredita que a reabilitação da EN1 permitirá aliviar o sofrimento dos utentes, reduzir custos logísticos e impulsionar a actividade económica ao longo do corredor.

Entre os benefícios apontados para o troço Gorongosa–Caia, o Ministro destacou:

  • Redução do custo de transporte,

  • Menor desgaste das viaturas,

  • Viagens mais rápidas e seguras,

  • Melhor acesso às zonas de produção agrícola,

  • Maior capacidade de escoamento de mercadorias.

“Ao reabilitar estes 84 km esperamos impactos concretos na vida das pessoas”, afirmou.

Governo exige seriedade e contratação local

Face ao histórico nacional de atrasos, abandono de obras e deficiências de qualidade, João Matlombe lançou um aviso firme aos empreiteiros:

“Exigimos rigor, qualidade e o compromisso de contratar mão-de-obra local, para que o impacto económico comece já na obra.”

Segundo o governante, o Governo optou por intervir nos troços mais críticos, onde “a vida social e económica está mais bloqueada”, garantindo que o investimento trará melhorias reais e urgentes aos utilizadores da EN1.

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