Morre Dino Inácio Ntolela, apontado como líder dos mineiros ilegais em Montepuez

 Dino Inácio Ntolela, identificado pelas autoridades como um dos líderes dos grupos de mineração ilegal em Montepuez, morreu na sequência de um confronto ocorrido no dia 30 de novembro de 2025 dentro da área concessionada à Montepuez Ruby Mining (MRM), em Cabo Delgado.

De acordo com informações da empresa, por volta das 14h00, a central de controlo da MRM recebeu uma notificação sobre a presença de um grupo de cerca de 20 mineiros ilegais numa das jazidas. Uma equipa conjunta composta por agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), segurança privada e elementos dos Serviços de Segurança da MRM deslocou-se ao local.

Segundo a nota, a patrulha e os agentes da PRM tentaram persuadir o grupo a abandonar a área pacificamente. Contudo, durante a tensão que se seguiu, um dos indivíduos foi atingido por disparo e, apesar de assistência posterior, não resistiu aos ferimentos. Mais tarde, surgiram informações não confirmadas de que outros dois indivíduos teriam sofrido ferimentos de menor gravidade.

O caso foi imediatamente reportado ao Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), que procedeu às diligências legais, incluindo o exame do corpo e a sua remoção para o Hospital Distrital de Montepuez. As investigações continuam em curso.

O falecido foi identificado como Dino Inácio Ntolela, natural da província de Nampula e residente na aldeia de Nanhupo, local onde era conhecido por liderar grupos envolvidos na extração ilegal de rubis. Fontes indicam que Ntolela já tinha sido detido anteriormente em duas ocasiões, mas teria conseguido evadir-se da custódia policial.

A Montepuez Ruby Mining reforçou que mantém acções contínuas de sensibilização comunitária sobre os perigos da mineração ilegal, procurando dissuadir a população de práticas que representam riscos pessoais e colectivos.

A empresa afirmou ainda ter comunicado o incidente às autoridades distritais, provinciais e nacionais, defendendo a necessidade de medidas mais firmes contra redes que financiam e facilitam o comércio ilegal de rubis, prática que, segundo a MRM, provoca perdas humanas, danos ambientais e prejuízos fiscais ao Estado moçambicano.

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