CPMI do INSS deve votar convocação de Lulinha após novos indícios citados pela oposição

Chefe da Missão de Observação da União Africana às eleições na Guiné-Bissau, Filipe Nyusi, destravou a voz e avançou na contra-mão da Comissão Nacional de Eleições (CNE) guineense sobre “a verdade” dos resultados do escrutínio de 23 de Novembro de 2025.

Naquela data, Bissau realizou eleições presidenciais e legislativas, e, segundo o ex-Presidente da República de Moçambique, o processo de votação decorreu sem sobressaltos e pacificamente.

Estava previsto que os resultados preliminares fossem divulgados no dia 27, mas no dia anterior (26), o país sofreu um Golpe de Estado, e militares tomaram o poder.

Na terça-feira, a CNE revelou que, na manhã do dia 26, os editais e as actas originais das eleições em sua posse, e os que estavam a caminho, foram confiscados, e “o servidor que continha o software do apuramento parcial foi extraviado”. Com efeito, o organismo alegou a impossibilidade de continuar com o processo eleitoral, por forma a divulgar os resultados provisórios. Leia mais…

É com esta versão da CNE que se acomodaram as expectativas sobre as disputadas eleições guineenses. Mas, o Chefe da Missão de Observação da União Africana parece não estar confortável com a ausência de transparência na Guiné-Bissau.

Em um excerto de uma entrevista concedida à Rádio Moçambique veiculado hoje, Filipe Nyusi disse haver um vencedor das eleições na Guiné-Bissau.

“Na Guiné-Bissau as eleições correram bem e existe vencedor” disse e vincou, repetindo, “e existe vencedor. Ou se eu quiser ser mais modesto: existem resultados, e esses resultados devem ser publicados! Não se pode evitar. Por que é que se evita? Por que se aceitou que houvesse eleições lá? Porque até à última hora que se fechou a urna e selou-se depois de terminar, etc., não havia esse problema. Então, existem resultadosTem de se publicar”.

Na entrevista, onde, segundo a estação emissora, descreve o antes, o durante e o depois do Golpe de Estado, Nyusi sugere que a tomada forçada do poder foi premeditada.

“Se for um Golpe, foi feito num tempo muito curto. Uma coisa bem calculada” disse.

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