Segundo o Secretário Executivo da CNE, Idrissa Djaló, a sede da instituição foi alvo de uma ação coerciva que resultou no confisco de documentos essenciais, incluindo as atas originais de apuramento regional de Bissau, computadores, telemóveis, dinheiro e equipamentos informáticos. Cerca de 45 pessoas, entre funcionários, membros da CNE, representantes de candidatos e do Ministério Público, também tiveram os seus dispositivos pessoais recolhidos.
Djaló explicou ainda que os serviços informáticos da CNE foram vandalizados, incluindo o desaparecimento do servidor que continha o software oficial de apuramento parcial. A retirada de atas ocorreu tanto dentro das instalações como durante o transporte, impossibilitando por completo a consolidação dos dados eleitorais.
A situação foi comunicada a uma delegação da CEDEAO, que visitou Bissau para avaliar se existiam condições materiais para continuar o processo eleitoral. A CNE garantiu que não dispõe de qualquer ata de apuramento regional, elemento indispensável no sistema eleitoral em cascata utilizado no país.“Falhar uma etapa afeta automaticamente todo o processo”, afirmou Djaló durante uma conferência de imprensa. A instituição reiterou à CEDEAO a total impossibilidade de divulgar os resultados provisórios das eleições de 23 de novembro.
O episódio ocorre no contexto do golpe de Estado de 26 de novembro, no qual o Presidente Umaro Sissoco Embaló foi deposto e posteriormente deixou o país, agravando a crise política e institucional na Guiné-Bissau.
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