Passageiros da Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) vivem momentos de grande frustração devido a atrasos e cancelamentos de voos que têm provocado sérios transtornos, incluindo perdas financeiras e emocionais. Segundo relatos recolhidos pela FungaMídia, muitos viajantes viram as suas agendas completamente comprometidas, com destaque para cidadãos que tinham consultas médicas marcadas em Maputo e outros que acabaram por perder ligações para voos internacionais.Os afectados acusam a companhia aérea de bandeira nacional de agir com total falta de transparência e responsabilidade. De acordo com os passageiros, a LAM limita-se a pedir que “aguardem”, sem avançar informações claras, prazos definidos ou garantias concretas sobre a retoma das viagens, agravando o clima de incerteza nos aeroportos.
A situação mereceu duras críticas do Presidente do Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD), Adriano Nuvunga, que classificou a actuação da LAM como “um retrato fiel da degradação dos serviços públicos em Moçambique”. Para o académico, é inaceitável que uma empresa estatal trate os passageiros com descaso, violando direitos básicos do consumidor e ignorando o impacto humano das falhas operacionais.
“Não se trata apenas de atrasos de voos, mas de desrespeito pela dignidade dos cidadãos. A LAM actua como se não tivesse obrigação de prestar contas ao público”, afirmou Nuvunga, defendendo a responsabilização urgente da gestão da companhia aérea.Enquanto não surgem soluções concretas, os passageiros permanecem retidos e sem respostas, num cenário que volta a expor a fragilidade da LAM e reacende o debate sobre a crise crónica da aviação civil moçambicana, bem como a necessidade de reformas profundas para garantir serviços seguros, eficientes e respeitadores dos direitos dos cidadãos.
Postar um comentário
Postar um comentário