“Algumas missões já deixaram o país, mas preferimos continuar até termos certeza sobre como as coisas ocorreram, para representar plenamente a União Africana”, declarou. Nyusi acrescentou que, apesar de existir “ruído” acerca da permanência da delegação, a missão mantém-se no terreno para garantir transparência. “Não viemos cumprir uma missão de Moçambique, mas entendemos a preocupação dos nossos compatriotas.”
A Guiné-Bissau realizou eleições presidenciais no domingo, dia 23. Os resultados preliminares deveriam ser anunciados na quinta-feira, 27. Porém, na quarta-feira, 26, militares comunicaram a tomada do poder, levando à suspensão do processo eleitoral. O Presidente Umaro Sissoco Embaló deixou o país rumo ao Senegal e um general foi empossado para chefiar um Governo de transição.
Nyusi revelou ainda que uma tentativa da Missão da UA de recolher informações após o anúncio da mudança de poder não teve sucesso. “Fomos impedidos porque a cidade já estava toda tomada”, disse.
Apesar disso, explicou que o relatório preliminar da observação já incluía notas sobre os antecedentes eleitorais do país, destacando a necessidade de permitir a conclusão do processo eleitoral. “A União Africana emitirá uma declaração sobre os próximos passos. O nosso expediente já foi enviado.”
O antigo Chefe de Estado moçambicano garantiu ainda que a missão regressará em breve a Moçambique.

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