Moçambique prevê comprar três aeronaves em 2026 para reforçar LAM e impulsionar o sector aéreo

O Governo de Moçambique incluiu, na proposta do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE) para 2026, a aquisição de três novas aeronaves, com o objectivo de reforçar a frota nacional e acelerar o processo de reestruturação das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM). A medida visa melhorar o transporte aéreo de passageiros e cargas, bem como recuperar rotas e aumentar a competitividade no mercado regional.

De acordo com os documentos submetidos ao Parlamento, o Executivo prevê um crescimento de 2,2% no tráfego de passageiros no próximo ano, resultado directo da entrada das novas aeronaves, da retoma de ligações aéreas e da melhoria da pontualidade operacional. No transporte de cargas, a projecção aponta para um aumento de 4,3%, impulsionado pela ampliação da frota e reabertura de rotas internacionais suspensas nos últimos anos.

Durante a sessão parlamentar de 13 de Novembro, a Primeira-Ministra, Benvinda Levi, detalhou que o processo de reestruturação da LAM inclui a redução de cerca de 80 funcionários, como parte de um plano para tornar a companhia mais eficiente e sustentável. Levi confirmou ainda que duas aeronaves Embraer E190 deverão ser integradas à frota até ao final de 2025, permitindo que a empresa reduza gradualmente a dependência de aeronaves alugadas.

Em paralelo, o Ministério dos Transportes anunciou, em Outubro, a locação de um Airbus A319 proveniente da Ucrânia, com capacidade para 144 passageiros, reforçando temporariamente a operação da LAM enquanto decorre a modernização estrutural da companhia.

Com estas medidas, o Governo espera revitalizar o sector aéreo, melhorar a conectividade nacional e regional e fortalecer a posição da LAM como transportadora estratégica do país

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