Militares assumem o poder na Guiné-Bissau e anunciam detenção do Presidente Umaro Sissoco Embaló

A Guiné-Bissau entrou esta quarta-feira num novo ciclo de instabilidade política, após um grupo de militares anunciar a tomada do poder, a suspensão das instituições do Estado e a detenção do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do ministro do Interior. O anúncio foi feito através da Televisão Pública da Guiné-Bissau.

Segundo o porta-voz do autodenominado Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública, a intervenção foi motivada por alegadas tentativas de manipulação dos resultados eleitorais ainda em apuramento. Os militares afirmam ter descoberto um plano de desestabilização envolvendo figuras políticas e um “conhecido barão de drogas”, bem como a localização de um depósito de armamento que estaria ligado ao suposto esquema.

O Alto Comando comunicou um conjunto de medidas de carácter imediato:

  • Suspensão do processo eleitoral em curso

  • Fecho total das instituições da República

  • Encerramento das fronteiras terrestres, marítimas e aéreas

  • Proibição temporária das actividades de todos os órgãos de comunicação social

  • Imposição de recolher obrigatório das 21h00 às 06h00

Os militares afirmam que assumem o poder “a partir deste momento” e que as restrições permanecerão em vigor até que, segundo dizem, “as condições estejam reunidas para o retorno à normalidade constitucional”.

A situação permanece volátil, com actualizações constantes e incerteza sobre os próximos passos políticos e institucionais no país.


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