Guiné-Bissau Governo de Transição de Horta Inta-A inclui seis militares e fixa mandato de até um ano

 

O Presidente de Transição da Guiné-Bissau, general Horta Inta-A, nomeou esta sexta-feira (29) um novo Governo composto por 23 ministros e cinco secretários de Estado, num elenco que integra seis militares posicionados em pastas estratégicas como Interior, Defesa, Saúde, Ordem Pública e Combatentes da Liberdade da Pátria.

Segundo o decreto presidencial citado pela imprensa internacional, o executivo inclui também vários membros do anterior Governo, que mantêm as suas posições, nomeadamente os titulares dos ministérios da Justiça, Obras Públicas e Cooperação Internacional.

Uma das principais mudanças é a nomeação de João Bernardo Vieira, antigo candidato presidencial com apoio de dissidentes do PAIGC, para o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros.

O Governo integra ainda seis mulheres, distribuídas pelas pastas de Desporto e Cultura, Mulher e Solidariedade Social, Turismo e Artesanato, Administração Pública, Pescas e Cooperação Internacional, marcando uma presença feminina significativa na equipa de transição.

A nova estrutura governativa foi empossada pelos militares que assumiram o poder em 26 de Novembro, data em que destituíram Umaro Sissoco Embaló e suspenderam a divulgação dos resultados das eleições de 23 de novembro.

O general Horta Inta-A estabeleceu um período de transição de até um ano, durante o qual o país deverá reorganizar as instituições e redefinir o calendário político. Para chefiar o Governo, nomeou Ilídio Vieira Té, que acumula as funções de primeiro-ministro e ministro das Finanças.

A oposição criticou abertamente a intervenção militar, acusando-a de ter como objectivo impedir o anúncio dos resultados eleitorais, num processo já marcado pela polémica exclusão do PAIGC e do seu líder, Domingos Simões Pereira, da corrida presidencial

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