A Casa Branca conseguiu fechar mais um acordo comercial – desta vez, com o Vietname. Esta quarta-feira (02), o Presidente norte-americano anunciou o entendimento na sua própria rede social, a Truth Social, e revelou que os produtos oriundos do país asiático vão passar a pagar tarifas de 20% ao chegaram aos EUA, enquanto a maior economia de mundo deixa de pagar qualquer taxa aduaneira nas exportações para o Vietname.
“Por outras palavras, eles vão abrir o seu mercado para os EUA. Ou seja, nós vamos conseguir vender os nossos produtos no Vietname com uma taxa zero”, escreveu o líder norte-americano, após semanas duras de negociação com o Presidente do Partido Comunista vietnamita, To Lam.
Segundo uma publicação do jornal Negócios, este acordo é, no entanto, apenas o terceiro alcançado entre Washington e os restantes países na mira das tarifas “recíprocas” de Donald Trump, apresentadas no infame dia da libertação norte-americana, a 02 de Abril.
Na altura, o republicano anunciou uma tarifa de 46% na entrada de produtos vietnamitas nos EUA, mas passado pouco tempo as taxas aduaneiras foram reduzidas para apenas 10% para abrir espaço a negociações. O acordo final é mais penalizador para a nação asiática, uma vez que duplica a magnitude das tarifas e introduz uma nova cláusula: qualquer produto suspeito de passar pelo Vietname só como uma forma de contornar os direitos aduaneiros de Trump vai pagar uma tarifa de 40%.
Apesar de ser uma pequena nação, o Vietname tem um grande impacto nas importações norte-americanas. Nos últimos anos estas têm disparado, muito devido à deslocalização de uma série de fábricas da China para território vietnamita, responsáveis pela produção de várias empresas como a Nike, a Gap e a Lululemon Athletica.
Em 2024, o Vietname foi mesmo o sexto maior fornecedor dos EUA, com exportações no valor de 137 mil milhões de dólares. Já Washington enviou apenas 15 mil milhões em bens para Hanói, o que representa o terceiro maior défice comercial dos EUA – só atrás da China e do México. É uma realidade que não ficou à parte das negociações, com Donald Trump a querer reforçar as exportações de veículos para a nação asiática.
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