O Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (GIFiM) revelou, esta quarta-feira (18) em Nampula, que as organizações sem fins lucrativos no país representam baixo risco de envolvimento em esquemas de financiamento ao terrorismo, contrariando preocupações frequentemente levantadas em relatórios internacionais.
Segundo uma publicação do jornal Rigor, a conclusão resulta de uma avaliação sectorial de riscos recentemente concluída pelo GIFiM, que incluiu a análise de organizações da sociedade civil — conhecidas como ONGs — enquanto potenciais canais de uso indevido para branqueamento de capitais ou apoio a actividades terroristas.
“Houve uma avaliação setorial de riscos de financiamento do terrorismo, que incluiu as ONGs. E os dados recolhidos indicam que, em Moçambique, o nível de risco de utilização dessas organizações é baixo”, afirmou Pedro Comissário, chefe do Departamento Central do GIFiM.
Apesar do resultado positivo, o responsável sublinhou que todos os sectores continuam potencialmente vulneráveis, incluindo partidos políticos, comércio automóvel e o mercado imobiliário.
“Existem, ao nível do nosso ordenamento jurídico, vários supervisores. No nosso caso, supervisionamos sectores como o de venda e revenda de viaturas e o setor imobiliário”, acrescentou Comissário.
A avaliação chega num momento em que o país mantém esforços para fortalecer os mecanismos de prevenção e combate ao financiamento de actividades ilícitas, especialmente no contexto do combate ao terrorismo em Cabo Delgado e outras regiões vulneráveis.
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