Os Embaixadores do Brasil e do Egipto manifestaram, ontem, a intenção de canalizar mais recursos para investir em sectores da saúde, agricultura, pesca, turismo, gás, energias renováveis, indústrias criativas e infra-estruturas.

Em encontros separados com o Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique, Álvaro Massingue, os diplomatas acreditados no país referiram que os seus países querem explorar oportunidades de desenvolvimento no território moçambicano.

O Embaixador do Brasil em Moçambique, Ademar Seabra Cruz, disse que os próximos passos incluem a definição uma estratégia nacional de desenvolvimento, concebida por ambos países, incluindo o sector privado devido a sua preponderância para o crescimento económico.

“Não é possível o Estado trabalhar sozinho, portanto tem a responsabilidade de dinamizar diversos sectores produtivos do país” notou.

O Presidente da CTA referiu que a CTA está disponível a apoiar empresas brasileiras interessadas em explorar o mercado moçambicano, estabelecer parcerias com empresas locais e investir nos sectores prioritários.

Por outro lado, o diplomata egípcio, Mohamed Farghal, reconheceu que as trocas comerciais entre Moçambique e o Egipto não atravessam o melhor momento, pelo que o desiderato é “aumentar o volume de transacções comerciais” entre os países.

Dados disponíveis indicam que, nos últimos anos, as exportações de Moçambique para o Egipto situaram-se em torno de 6 a 8 milhões de dólares por ano, com destaque para produtos agrícolas e minerais, enquanto as importações do Egipto para Moçambique incluem fertilizantes, medicamentos e equipamentos, num volume anual médio de mais de 10 milhões de dólares.

Massingue adiantou que o início das conversações, será para breve, via online e está prevista a deslocação de uma delegação empresarial moçambicana ao Egipto, “para ver se aumentamos esta parceria nos próximos meses”.