A maioria dos membros não-executivos do Sector Empresarial do Estado (SEE) tem filiação política com a Frente de Libertação do Moçambique (FRELIMO), o que pode contribuir para os seus salários mensais milionários.

Esta constatação do Centro de Integridade Pública (CIP) põe em xeque os critérios na escolha dos membros não-executivos do SEE e espaço para financiamento ilícito nas eleições.

Além disso, para a organização não-governamental, isso frisa a ideia segundo a qual a FRELIMO se serve do Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE) “para acomodar os seus interesses e dos seus membros e para reforçar o controlo e a influência sobre as empresas públicas”.

Em 33 membros não-executivos, identificados em pelo menos sete empresas do Estado, existem aqueles com ligações directas a FRELIMO, outro até envolvido no maior calote financeiro de Moçambique. O salário combinado, só em 2023, foi e 185,1 milhões de meticais, superior ao valor gasto em todo o ano para pagar a totalidade da classe 1C funcionários do Estado, conforme a fonte.