O presidente da Associação Algodoeira de Moçambique (AAM), Francisco Ferreira dos Santos foi reconduzido para a liderança do Comité Permanente de Produtores do Conselho Consultivo do Sector Privado do ICAC – International Cotton Advisory Committee.

Segundo uma nota divulgada esta terça-feira (27), Dos Santos, deverá representar os produtores mundiais de algodão até ao final de 2026, confirmando assim o reconhecimento internacional da contribuição do sector algodoeiro moçambicano para o desenvolvimento sustentável da cadeia de valor global do algodão.

Citado na mesma nota, Francisco Ferreira dos Santos, refere que esta recondução demonstra o respeito que Moçambique conquistou no seio da comunidade internacional do algodão e “reforça a posição do nosso país como interlocutor relevante nas discussões sobre políticas agrícolas, comércio internacional e sustentabilidade, apesar da nossa dimensão insignificante na matriz de produção mundial desta cultura”.

“A presidência do comité dos produtores do ICAC permitirá à AAM continuar a influenciar políticas globais, promover a imagem internacional do algodão moçambicano e garantir que os desafios dos agricultores familiares africanos são ouvidos nos fóruns decisivos”, acrescenta.

O ICAC, organismo intergovernamental com sede em Washington, reúne os países produtores e consumidores de algodão desde 1939 e é reconhecido como o parceiro técnico das Nações Unidas para esta cultura. O Conselho Consultivo do Sector Privado tem por missão representar os interesses da indústria algodoeira privada junto dos Estados-membros, promovendo diálogo, cooperação e inovação em toda a cadeia de valor.

Moçambique tem-se destacado pelo seu modelo de agricultura de fomento integrado, com mais de 100 mil famílias envolvidas, promovendo o algodão em sistemas de produção diversificados, assentes nos princípios de rastreabilidade e sustentabilidade, de enorme impacto, não apenas na diversificação da base produtiva e resiliência das comunidades, mas também na regeneração do ambiente e dos solos em particular.

A AAM defende que o algodão é uma cultura estratégica, não apenas para a exportação, mas sobretudo para a segurança alimentar das populações rurais, através da produção integrada de milho e feijões e outras oleaginosas.

A cultura, para além da fibra de algodão, inclui ainda a produção de caroço de algodão, um produto estratégico para a produção de rações para bovinos e óleos vegetais, de uso alimentar ou energético, tratando-se por isso numa cultura âncora para a industrialização e criação de valor e de emprego.

 

(Foto DR)

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