Ramaphosa defende exploração do gás moçambicano para impulsionar desenvolvimento de Moçambique e da África Austral

INHAMBANE — O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, afirmou esta quarta-feira (3) que o gás natural de Moçambique deve ser explorado de forma a beneficiar o país e toda a região da África Austral, classificando este aproveitamento como “um imperativo para o desenvolvimento regional”. As declarações foram feitas durante a inauguração da nova Fábrica de Processamento Integrado (FPI) de gás doméstico em Inhambane.

Segundo Ramaphosa, Moçambique possui vastos recursos de hidrocarbonetos no norte do país, cuja exploração adequada pode reforçar a segurança energética regional e gerar impacto económico directo.

“Moçambique é bem suportado com recursos hidrocarbonetos massivos. Este gás moçambicano deve ser explorado para o bem dos moçambicanos e para o bem da região da África Austral. Este é um imperativo”, destacou o Presidente sul-africano.

Investimento de mil milhões de dólares reforça cooperação Moçambique–África do Sul

A FPI resulta do Acordo de Partilha de Produção entre o Governo de Moçambique e a petrolífera sul-africana Sasol, envolvendo um investimento de cerca de 1.000 milhões de dólares (aproximadamente 866 milhões de euros). A infraestrutura permitirá aumentar a capacidade nacional de processamento e distribuição de gás doméstico.

Ramaphosa afirmou que o projecto representa um marco na cooperação energética regional, contribuindo para a estabilidade do sector dos hidrocarbonetos no espaço da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Chapo destaca parceria estratégica e crescimento conjunto

O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, elogiou o reforço da parceria energética com a África do Sul, sublinhando a importância do empreendimento para o desenvolvimento sustentável do país.

“Moçambique valoriza profundamente esta parceria energética e o nosso compromisso com a prosperidade partilhada da África Austral. Hoje mostramos diante dos nossos povos e do mundo que Moçambique e África do Sul não crescem separados — crescem juntos”, afirmou Chapo.

Chapo acrescentou que o projecto vai impulsionar a industrialização local, criar empregos e consolidar Moçambique como um dos principais produtores e processadores de gás natural da região.

Impacto regional e económico

A inauguração da FPI representa:

  • Reforço da segurança energética na África Austral;

  • Maior capacidade de processamento de gás em Moçambique;

  • Aprofundamento da cooperação bilateral com a África do Sul;

  • Estímulo ao investimento estrangeiro no sector de hidrocarbonetos;

  • Criação de empregos directos e indirectos na província de Inhambane.

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