EN380 sem escolta militar há dois dias: Utentes retidos e preocupados após ataque terrorista em Cabo Delgado

Os utilizadores da Estrada Nacional 380 (EN380), sobretudo no troço entre Macomia-sede e a localidade de Oasse, na província de Cabo Delgado, manifestaram hoje forte descontentamento após dois dias consecutivos sem a habitual escolta militar, que garante segurança numa das vias mais vulneráveis da região.

Com dezenas de viaturas paralisadas na estação da vila de Macomia, os utentes afirmam não ter recebido qualquer informação oficial sobre a hora prevista para a retoma da escolta, apesar de enfrentarem atrasos e incerteza desde sexta-feira (5), quando foi reportado um ataque armado no troço entre Chitunda e Xitaxi.

Utentes sem meios e sem soluções imediatas

Condutores e passageiros relatam dificuldades logísticas, salientando que muitos já esgotaram os recursos financeiros antes de chegarem ao destino. A permanência prolongada na zona, sem condições adequadas, tem agravado a frustração e o sentimento de abandono.

Outro ponto crítico levantado pelos utentes é a proibição de avançarem sem escolta militar, medida que reconhecem ser necessária para a segurança, mas que, na ausência de comunicação oficial, aumenta o clima de insegurança e ansiedade.

“Estamos completamente ao abandono. Sem escolta, o trânsito não avança. Também é um perigo estar aqui”, disse um dos utentes habituais da EN380.

Sem comunicação oficial sobre a suspensão da escolta

Até ao momento, as autoridades ainda não esclareceram os motivos da interrupção temporária das escoltas nem indicaram quando poderão ser retomadas. A falta de informação tem ampliado o descontentamento entre os viajantes, que receiam uma paralisação prolongada.

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