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Foram reportados 14 incidentes de violência política, com 46 mortes, incluindo 11 civis.
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Em Macomia, as RDF conduziram o confronto mais significativo do período, resultando na morte de pelo menos 35 combatentes do ISM.
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Em Muidumbe, ataques e explosões na estrada N380 interromperam o tráfego por vários dias e provocaram feridos entre civis e militares.
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Em Mocímboa da Praia, confrontos navais e ataques aéreos atingiram a ilha de Nhonge, após movimentações estratégicas do ISM para evitar patrulhas.
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Grupos insurgentes deslocaram-se para Nangade e zonas fronteiriças com a Tanzânia, possivelmente para reabastecimento e recrutamento, atacando infraestruturas e comunidades ao longo do percurso.
No plano económico e político, decisões do Reino Unido e dos Países Baixos de retirarem apoio financeiro ao projeto Mozambique LNG, liderado pela TotalEnergies, voltaram a colocar em evidência alegações de abusos contra civis cometidos por forças moçambicanas. Investigações independentes confirmaram padrões preocupantes, apesar de reformas implementadas desde 2023.
O texto também destaca:
Protestos laborais na área do projeto de GNL em Afungi;
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Tensões internas no setor de segurança, especialmente na PRM e no SERNIC, no contexto das reformas promovidas pelo Presidente Daniel Chapo;
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Cortes orçamentais severos, com impacto direto no sistema de saúde, agravados pela retirada de financiamentos externos;
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A decisão da Suécia de encerrar gradualmente a cooperação bilateral com Moçambique, redirecionando recursos para a Ucrânia.
Conclusão
Apesar dos avanços militares contra o ISM, especialmente com o apoio ruandês, persistem riscos elevados para civis, fragilidades institucionais e incertezas económicas. A sustentabilidade da segurança em Cabo Delgado dependerá não só da evolução militar, mas também da reforma efetiva do setor de segurança e da capacidade do Estado em restaurar a confiança das comunidades e dos investidores.

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