Ministro Ussene Isse diz que contrabando continua a desafiar o sector e apela à denúncia comunitária
O Ministério da Saúde (MISAU) expulsou, ao longo deste ano, 20 funcionários envolvidos em esquemas de roubo e contrabando de medicamentos do Sistema Nacional de Saúde. A informação foi confirmada no sábado (22) pelo ministro da Saúde, Ussene Isse, durante o balanço da sua visita de trabalho à província de Tete.
Roubo de medicamentos continua a preocupar o sector
De acordo com o ministro, apesar de se ter registado uma redução do número de casos em comparação com anos anteriores, o desvio de medicamentos públicos continua a ser um dos maiores desafios enfrentados pelo sector da Saúde.
Citado pela Rádio Moçambique, Ussene Isse sublinhou que a prática alimenta mercados paralelos, fragiliza o sistema de abastecimento e compromete o acesso da população a tratamentos essenciais.
Comunidades conhecem os responsáveis, diz ministro
O governante reforçou o apelo à participação da comunidade na denúncia de comportamentos ilícitos, afirmando que muitas vezes são os próprios cidadãos que testemunham a circulação irregular de medicamentos.
“Pedimos às comunidades para denunciar porque elas sabem quem tem medicamentos em casa e no mercado. Elas conhecem porque compram medicamentos e vão apanhar injecções nas casas”, afirmou o ministro.
Ele defendeu ainda o reforço das inspecções farmacêuticas, consideradas fundamentais para travar redes que operam dentro e fora das unidades sanitárias.
Tolerância zero a funcionários envolvidos
Ussene Isse reiterou que o MISAU adoptou uma política de tolerância zero para casos de roubo e contrabando de medicamentos e garantiu que estão em curso diversas medidas para diminuir estas ocorrências.
As acções incluem fiscalização reforçada, auditorias internas e maior vigilância sobre armazéns e circuitos de distribuição.

Postar um comentário
Postar um comentário